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Casos de erro médico aumentam mais de 500% em um ano no Brasil, aponta CNJ

Número alarmante de erros médicos no Brasil preocupa pela queda na qualidade dos cuidados prestados no país

Por: Redação Fonte: Metrópoles
12/03/2025 às 11h49
Casos de erro médico aumentam mais de 500% em um ano no Brasil, aponta CNJ
Foto: Getty Images

O número de processos por erro médico no Brasil apresentou um crescimento alarmante de 506% em 2024, totalizando 74.358 ações judiciais, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O aumento expressivo acende um alerta sobre a qualidade do atendimento médico no país e os impactos negativos na vida dos pacientes. As informações foram apuradas pelo jornal Metrópoles. 

O erro médico ocorre quando há falhas na conduta profissional que resultam em danos ao paciente. Essas falhas podem ser classificadas em três categorias principais:

  • Negligência: Quando o profissional deixa de agir adequadamente, como nos casos em que um paciente apresenta sintomas graves, mas não recebe a devida atenção e exames necessários.

  • Imprudência: Ocorre quando o médico age de forma precipitada, assumindo riscos desnecessários sem considerar as possíveis consequências.

  • Imperícia: Relacionada à falta de habilidade técnica ou experiência do profissional, podendo comprometer a segurança do atendimento.

Para que um erro médico seja legalmente reconhecido, é necessário comprovar que houve prejuízo ao paciente devido à falha no atendimento.

Cenário global e riscos à saúde

O aumento dos processos por erro médico no Brasil acompanha uma tendência mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 10 pacientes no mundo é vítima de cuidados inseguros, o que resulta em aproximadamente 3 milhões de mortes por ano.

O crescimento dessas ocorrências pode ser reflexo de uma maior conscientização dos pacientes sobre seus direitos, mas também evidencia a necessidade de melhorias nos protocolos médicos, capacitação dos profissionais e maior rigor na adoção de boas práticas de atendimento.

Diante desse cenário, especialistas defendem investimentos na formação de profissionais de saúde, aprimoramento na comunicação entre médico e paciente e reforço nas medidas de segurança para reduzir os riscos e garantir um atendimento mais qualificado e humanizado.

 

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