A Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA) está no centro de uma sepultura polêmica após a divulgação de um comunicado interno direcionado aos seus obreiros, que proibia “penteados afro” e outras escolhas de aparência, como o uso de maquiagem, barbas, calças justas e cabelos curtos no caso das mulheres. O texto, amplamente criticado, foi considerado racista e excludente, evidenciando práticas discriminatórias dentro da denominação.
A publicação provocou indignação de diversos setores, incluindo líderes religiosos e ativistas sociais, que apontaram o comunicado como um ato de racismo velado. Para muitos, as regras impostas reforçam estereótipos preconceituosos, desconsiderando a pluralidade e a inclusão que deveriam ser princípios basilares de qualquer instituição religiosa.
Diante da repercussão negativa e da pressão pública, a IPDA emitiu uma nota de esclarecimento na última sexta-feira (6), pedindo desculpas pela situação. Na declaração, a igreja alegou que o comunicado “não reflete o que a diretoria queria, de fato, comunicar” e classificou o conteúdo como “mal redigido”.
“Pedimos sinceras desculpas se as palavras mal redigidas, que não estão de acordo com o que a diretoria desejava comunicar, tenham ferido algum irmão em Cristo”, informou a nota, que também citou um versículo bíblico sobre amor e reconciliação.
Os críticos, no entanto, destacaram que o pedido de desculpas ocorreu apenas após uma ampla repercussão negativa e reforçaram a necessidade de ações concretas para combater o racismo estrutural dentro da denominação. A polêmica segue gerando debates sobre a responsabilidade das igrejas em promover igualdade e respeito às diversidades culturais e estéticas de sua justiça.